Para coroar as Suas magníficas promessas, Nosso Senhor mostrou, por fim, nas Suas Chagas, «as arras da nossa futura glória», e fez entrever à Irmã Maria Marta a felicidade que se sente no Céu ao contemplá-las.

«As almas que rezam com humildade e que meditam na minha Paixão, terão um dia uma participação na glória das minhas divinas Chagas. Os seus membros receberão delas uma beleza e uma glória resplandecentes.

Quanto mais tiverdes contemplado as minhas Chagas dolorosas na terra, mais as contemplareis gloriosas no Céu.

Uma alma que, durante a vida, honrou as Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo e as ofereceu ao Pai Eterno pelas Almas do Purgatório, na hora da morte será acompanhada pela Santíssima Virgem e pelos Anjos, e Nosso Senhor Crucificado, todo resplandecente de glória, recebê-la-á e coroá-la-á.»

Um dia, ao oferecer as Santas Chagas, a Irmã Maria Marta pensou que estava a perder tempo. Nosso Senhor repreendeu-a:

«Será que os meus Bem-Aventurados não fazem nada, comigo, porque fazem sempre a mesma coisa?… Eles amam-Me, eles adoram-Me, eles contemplam as minhas Chagas e agradecem-Me… e a sua alegria é sempre plena e total.»

E Jesus continua:

«Minha filha, onde se fizeram os Santos, senão nas minhas Chagas?… É nas minhas Chagas que as minhas esposas devem reinar um dia… As minhas Chagas não para a minha e vossa glória. Os Bem-Aventurados que as contemplam há séculos não estão, de forma alguma, saciados… eles contemplá-las-ão sempre, e experimentarão satisfação com elas… Oh! Como a terra é uma coisa insignificante diante dum tão grande bem!…»

Muitas vezes a visão do Céu foi manifestada a esta querida alma, enquanto se fazia ouvir a Voz de Deus Pai: «Vê, minha filha, tudo isto é o fruto dos sofrimentos do meu Filho!… Tudo isto te é mostrado para que possas, com mais confiança e alegria, oferecer as Santas Chagas de Jesus…»

E a doce Rainha dos Céus acrescentam, para estimular os seus ardores: «Se eu estou no Céu e os Santos também, nós estamos todos cá pelos méritos das Chagas de meu Filho. Deveis explorar estas Chagas divinas e também vos tornareis grandes.»

Sempre a mesma perspectiva, sempre o mesmo programa: Semear na terra, nos sulcos das Santas Chagas; no Céu, colher eternamente na glória.